Para desenvolver nosso trabalho tivemos como ponto de partida e suporte o livro ROTA 66 – A Policia que mata de Caco Barcellos e, a cada linha, nos surpreendemos a vermos surgir diante de nós um submundo grotesco que estava além de nossa imaginação e conhecimento.
Já no começo de suas 350 paginas, nos deparamos com uma tragédia que revela a cruel realidade que vai ser exporta durante o livro. Uma incansável perseguição dos policiais militares a um fusca azul na zona nobre de São Paulo, uma cena marcante, que gera sentimento de revolta, mas que representa apenas mais um dia de trabalho dos Policiais da Rota 66.
Já no começo de suas 350 paginas, nos deparamos com uma tragédia que revela a cruel realidade que vai ser exporta durante o livro. Uma incansável perseguição dos policiais militares a um fusca azul na zona nobre de São Paulo, uma cena marcante, que gera sentimento de revolta, mas que representa apenas mais um dia de trabalho dos Policiais da Rota 66.
Além de relatar histórias de casos, pessoas famílias que infelizmente tiveram suas vidas marcadas pela violência da Rota 66, Barcellos nos apresenta com riqueza de detalhes, o trabalho árduo e perigoso de um jornalista investigativo. Um profissional que é quase um justiceiro, munidos de “papel e caneta” sua arma mortífera, ele denuncia situações muitas vezes desconhecidas, ou escondidas por um jogo de interesses. Descobrimos como o trabalho do jornalista deste gênero é grandioso, mesmo com tantos desafios. Percebemos também, um mundo de incertezas, onde você escolhe correr riscos por um bem maior.
Como o trabalho do jornalista de investigação, buscamos em nosso trabalho encontrar e transmitir a verdade, ouvir e compreender os dois lados da história, o lado dito como mal e as vitimas. Será que todos os Policiais traem seus juramentos? Conversamos com oficiais sobre o dever da policia, seu dia-a-dia, como trabalham e seu valor perante a sociedade. Ouvimos também civis, pessoas comuns que nos relataram suas experiências e insatisfações em relação a policia.
Não chegamos à conclusão sobre onde se encontra a raiz do mal, ou o que leva uma pessoa matar ou morrer. Mas sabemos que nem todos os policiais adotam a mesma postura dos que são citados no livro, e que a maioria cumpre e dedica toda sua vida ao lema de sua profissão: manter a paz e a ordem. Arriscando todos os dias suas vidas para fazer seu papel, e são extremante desvalorizados, ganhando salários muitos baixos e totalmente desproporcionais a sua importância e trabalho.
Mas também sabemos que há muito que melhorar e que a policia deixa ainda a desejar em muitos aspectos, talvez por falta de treinamento, recursos, motivações, enfim, para mudar essa realidade não adianta apontar o certo ou o errado, mais fazer um trabalho em conjunto envolvendo todo o sistema.
Rafaela Almeida.