segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Força Policial

Os Boinas negras, é assim que os policiais militares da tropa de choque de São Paulo, do batalhão das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA), são conhecidos. Seu lema: “Dignidade acima de tudo”, sua doutrina: "Nós, Policiais Militares, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa Humana."
O nome Tobias Aguiar é antigo, surgiu de um homem partidário das idéias liberais, que armou e equipou de seu próprio bolso, uma força para lutar contra as forças portuguesas na época da independência do Brasil. Político e Militar, ele foi presidente da Província de São Paulo, e é considerado o patrono da polícia militar de São Paulo.
A Rota foi criada durante a ditadura militar, com a função de patrulhar a cidade e trazer segurança para a população, combatendo as guerrilhas armadas que lutavam contra o governo da época. Mesmo com o fim da ditadura, a força policial permaneceu, desta vez contra o crime organizado e a perturbação da sociedade.
Formada hoje por um contingente de 800 policiais, a Rota entra em ação contra missões de alta periculosidade, em que uma força altamente treinada é necessária para controlar a situação.
Com anos de história, a Rota participou de diversos conflitos. No livro Rota 66, escrito pelo jornalista Caco Barcellos, ele aborda o alto índice de letalidade nas ocorrências em que o batalhão de choque foi acionado, esses índices são uma das maiores causas das polêmicas que cercam o batalhão. Caco Barcellos intitula seu livro com a frase “Rota66 – A polícia que Mata”.
Em sua pesquisa para escrever o livro, Caco analisou o trabalho da polícia durante os anos de 1970 à 1992, e estimou que a RoTa matou cerca de 8 mil pessoas nesse período, dessas oito mil pessoas, acredita-se que 680 eram crianças entre 8 e 11 anos.
Um dos casos mais famosos da atuação do batalhão, foi em 1992, quando um grupo de  presos rebelaram-se na cadeia Carandiru. O caso ficou conhecido como “Massacre do Carandiru” com 111 presidiários mortos. Na época, a Rota foi acusada de 80% das mortes.
Alguns dos comentários do YouTube
Hoje a Rota continua atuando em São Paulo, combatendo a chamada “guerrilha urbana”, há quem seja a favor de seus métodos e quem seja contra, em um vídeo postado no site youtube - http://www.youtube.com/watch?v=DrXzIbRvoZo  - é possível analisar diversas opiniões a respeito do batalhão de choque da polícia militar de São Paulo.
Nos dias de hoje, com a violência cercando as pessoas cada vez mais de perto, causando o medo e a angustia de ter que escolher entre ficar trancado entre quatro paredes ou sair nas ruas, é necessário uma força para causar no cidadão a sensação de segurança. Resta saber, se para que essa segurança seja alcançada, não há uma grande interferência na doutrina da própria polícia: "Nós, Policiais Militares, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa Humana." Não cabe a nenhum ser humano escolher quem vive e quem morre.

Taciana Sousa

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